Shri Parvati e Shri Shiva viviam num belo palácio perto do Monte Kailasha, nos Himalaias. Usualmente, Shri Shiva ausentava-se de casa, deixando, a cargo de Shri Parvati, todas as tarefas domésticas. Por isso, quando ela estava fazendo alguma coisa, por exemplo, quando se recolhia para meditar, a todo momento, era interrompida pelos mais diversos motivos. Um dia, ela deu uma ordem para que nenhum empregado a perturbasse e ordenou também a Nandi, a montaria de seu marido e chefe dos Ganas do Senhor Shiva, que não permitisse que ninguém entrasse no palácio naquela hora, pois ela iria preparar-se para o banho. Dois minutos depois dessa ordem ter sido dada, chegou ao palácio o Senhor Shiva que foi entrando. Nandi nada disse porque pensou: “não posso impedir que o Senhor Shiva o meu senhor e dono do palácio deixe de entrar em sua casa.”
Shri Parvati estava se preparando para o banho e já havia escolhido um belo sari para vestir e até soltado os seus cabelos, quando Shri Shiva entrou no quarto sem pedir licença. Shri Parvati fechou a cara e disse: “Nandi me desobedeceu. Ordenei a ele que não permitisse a entrada de ninguém no palácio e aqui está você ! Você é o meu marido, mas não tem o direito de entrar em meus aposentos sem a minha permissão.” Shri Shiva achou graça da braveza de Shri Parvati, o que a deixou mais aborrecida.
Então, ela pensou: “preciso de um Gana que obedeça apenas a mim.” Em seguida, ela foi para as margens do rio Gânges e começou a tirar de seu corpo a pasta de açafrão e sândalo que misturada ao pó da terra e água, ela fez uma espécie de barro e com ele foi modelando uma criança que aparentava ter, mais ou menos, 10 anos. Quando ela terminou, achou-o tão lindo e com a aparência de tão forte e, ao mesmo tempo, tão doce, que ela resolveu chamá-lo de SUMUKHA. No entanto, SUMUKHA era ainda uma estátua e não um ser vivo. Para dar-lhe vida, Shri Parvati começou a banhá-lo nas águas do rio Gânges. De repente, aquele que parecia uma criança de 10 anos, foi se tornando enorme. Tão grande que Shri Parvati parecia ser do tamanho de uma formiga perto dele. Nesse momento, ela ainda estava admirando o milagre que havia acontecido com SUMUKHA, quando apareceu a Deusa Ganga (que é o próprio rio Gânges) dizendo-lhe: “veja, esse é o meu filho VIKATA.” Shri Parvati replicou: “ele não é seu filho. Ele é VIKATA, mas é meu filho SUMUKHA.” As duas discutiam de quem era o filho, quando SUMUKHA - VIKATA, que já havia retomado seu tamanho normal, correu para Shri Parvati, fez-lhe um Namaskar e disse-lhe: “a senhora é a minha mãe.” A Deusa Ganga não se importou, porque ela sabia, desde o início, que ele era filho de Shri Parvati. No entanto, ela havia se encantado tanto com ele, que o queria para si.
Shri Parvati então voltou para o palácio e disse a SUMUKHA-VIKATA: “eis aqui esta clava que é a sua arma. Você não deve permitir que ninguém, mas absolutamente ninguém entre no palácio, sem a minha permissão.” Nem bem Shri Parvati havia entrado, chegou o Senhor Shiva. Ao avistar o garoto, ele disse a um de seus Ganas: “quem é aquela criança que está à porta do palácio montando guarda? Eu nunca a vi. Como é bonita essa criança !”
Ao aproximar-se da porta, Shri Shiva teve a sua entrada barrada por SUMUKHA, que lhe disse: “alto lá ! Ninguém entra sem a permissão de minha mãe.” Shri Shiva fechou a cara e disse: “Oh criança, saia de meu caminho. Você sabe quem sou eu?” SUMUKHA nada falou, mas o empurrou vigorosamente com sua clava. Shri Shiva ficou furioso e gritou: “Criança! Eu sou Shiva, marido de Parvati e dono dessa casa. Como ousa proibir-me de entrar em minha própria casa?” Mais uma vez, SUMUKHA nada disse, mas apenas levantou a clava de forma ameaçadora.
Shri Shiva foi então para junto de seu exército de Ganas e ordenou: “tirem aquela criança de lá!” Imediatamente, os Ganas foram cumprir a ordem, rindo com a perspectiva de se divertirem com tarefa tão fácil. Ao se aproximarem de SUMUKHA, um deles disse: “vai saindo desse lugar, se é que você tem amor à vida.” Outro Gana falou-lhe: “não se esqueça de que somos os Ganas de Shri Shiva. Por isso, saia daí". SUMUKHA respondeu-lhes: “vão vocês embora daqui, senão terão que experimentar a força de meu braço e o meu valor.”
Dentro do palácio, Shri Parvati, perturbada pelo barulho que vinha de fora, saiu de seu quarto, a fim de saber o que estava acontecendo. Uma serva informou-a do que estava ocorrendo. Shri Parvati pensou por um momento que, como Shri Shiva era seu marido, ele tinha o direito de entrar. Mas, ela não concordava com sua forma de agir, tentando entrar pela força. Decidiu então enviar a serva até SUMUKHA com um recado: “diga-lhe para não deixar ninguém entrar.” Esse recado deixou SUMUKHA com plena certeza de que estava agindo corretamente.
Ele, então, disse aos Ganas: “Eu sou filho de Shri Parvati . Vocês são os Ganas de Shri Shiva. Vocês têm de obedecer às ordens que receberam e eu as minhas. Assim repito: Shri Shiva não entrará sem o consentimento de minha mãe.”
Os Ganas ficaram cheios de dúvidas sobre o que fazer. Eles estavam diante do filho de Shri Parvati e não tinham certeza se Shri Shiva haveria de querer que eles lutassem contra seu próprio filho. Então, eles foram até Shri Shiva e lhe deram o recado de SUMUKHA. “Senhor, o filho de Shri Parvati se recusa a deixá-lo entrar.”
Shri Shiva ficou pensativo e chegou à conclusão de que ele tinha um grande problema pela frente. Pensou: “se eu retirar os meus Ganas, eles vão pensar que sou subserviente em relação à minha mulher. Assim, vou ordenar que voltem e lutem contra essa criança impertinente.” Em voz alta, falou: “Tudo aqui Me pertence, inclusive o filho de Parvati. Por isso, uma batalha seria, em princípio, desnecessária, mas se não aceitarmos o desafio vamos ser mal compreendidos. Voltem lá e lutem. Verão que será fácil vencê-lo.” Os Ganas pegaram todas as suas armas e foram enfrentar SUMUKHA. Este, quando viu todo aquele exército, exclamou: “sou apenas uma criança que está obedecendo à sua mãe. “Bem-vindo, oh exército de Ganas de Shri Shiva.”
Os Ganas lançaram o seu grito de guerra, tendo à frente Nandi, o seu líder. Este tentou agarrar SUMUKHA pelas pernas. Mas ele deu-lhe um golpe com sua clava derrubando-o. Outros vieram e, um a um, foram derrotados. O campo de batalha ficou cheio de Ganas feridos, sendo que muitos fugiram em debandada.
Assistindo à batalha estava o sábio Narada, que correu e foi avisar os Deuses Brahma, Vishnu e Indra, sobre o que estava ocorrendo. Estes foram imediatamente ter com Shri Shiva, que pediu a Shri Brahma para ir falar com SUMUKHA. Shri Brahma disfarçou-se de brâmane e acompanhado de muitos sábios foi à porta do palácio. Antes que dissesse qualquer coisa, SUMUKHA agarrou-o pela barba para derrubá-lo. Shri Brahma pediu-lhe que tivesse calma, avisando que vinha em paz, mas SUMUKHA não quis conversa e, com sua clava, afastou todos.
Quando Shri Brahma relatou o ocorrido a Shri Shiva, este ficou preocupado e concluiu que o garoto tinha de ser destruído para que a ordem voltasse ao normal. Shri Shiva então chamou Shri Karttikeya, para comandar o exército de Ganas, que junto com Shri Indra, com seu exército de Devas, deveriam destruir o garoto.
Os dois exércitos imensos avançaram em direção ao menino para fazê-lo render-se. Ele estava lutando valentemente e sua mãe, quando viu aquela situação injusta e desigual ficou furiosa. Ela então chamou Shri Kali e Shri Durga a fim de ajudarem SUMUKHA. Shri Kali foi para fora e abriu sua boca, a fim de engolir todas as armas possíveis, enquanto Shri Durga mandava raios sobre os guerreiros. Em pouco tempo, os dois exércitos bateram em retirada. Seus chefes foram relatar a Shri Shiva a tremenda derrota que lhes foi imposta. Shri Shiva concluiu que ele próprio teria que matar SUMUKHA. Shri Shiva foi então em companhia de Shri Brahma, Shri Karttikeya, Shri Vishnu e Shri Indra, com seus exércitos, atacar SUMUKHA. Este, imperturbável, derrotou os chefes dos exércitos dos Deuses. Vendo aquilo, Shri Shiva achou que o menino era invencível e só com astúcia ele poderia vencê-lo. Esse mesmo pensamento passou pela cabeça de Shri Vishnu, que disse a Shri Shiva: “vou usar os meus poderes de ilusão para lutar com ele.” No entanto, Shri Kali e Shri Durga perceberam as intenções de Shri Vishnu e resolveram que iam interferir para, ao mesmo tempo, tornar ineficaz a Maya de Shri Vishnu e dar a SUMUKHA mais força.
Assim, quando Shri Vishnu aproximou-se montado em seu Garuda, com seu disco fatal, SUMUKHA atirou contra ele sua clava que só não o derrubou, porque Garuda o apanhou no bico. Shri Shiva aproximou-se e atirou seu tridente, mas SUMUKHA conseguiu desviar-se dele. Nesse mesmo momento, Shri Vishnu voltou e com seu disco destruiu a arma de SUMUKHA. Shri Shiva veio por trás e cortou a cabeça de SUMUKHA, com seu tridente. Houve um grito de vitória entre os Ganas. Imediatamente, após ter feito isso, Shri Shiva arrependeu-se e pensou: “como irei encarar Parvati? Ele era o nosso filho e eu o destruí.”
Shri Parvati ao saber que seu filho havia sido morto ficou furiosa e solicitou à Shri Kali e à Shri Durga que destruíssem todos os Ganas e Devas, e prometeu que, depois disso, ela iria destruir o universo.
Vendo os Ganas sendo devorados por Shri Kali e mortos por Shri Durga, os Deuses perceberam o erro que haviam cometido. Shri Vishnu e Shri Brahma correram até Shri Parvati a fim de lhe pedirem clemência.
“Muito bem”, disse ela, “restituam a vida a meu filho e deem a ele um status de honra entre vocês, os Deuses, e eu não destruirei o universo.”
Shri Vishnu e Shri Brahma foram até Shri Shiva a fim de relatar-lhe as exigências de Shri Parvati. Ele então pediu a Shri Vishnu que voasse em direção ao norte e trouxesse a cabeça da primeira criatura que cruzasse o seu caminho, a fim de fixá-la no tronco de SUMUKHA para que a vida lhe fosse, em seguida, restituída. Shri Vishnu assim fez e encontrou um bebê elefante e usando o seu disco cortou-lhe a cabeça e a levou para Shri Shiva. Shri Brahma pegou um pouco de água de seu pote e colou a cabeça do elefante no corpo de SUMUKHA e, simultaneamente, restituiu-lhe a vida. A criança ressuscitada sentou-se feliz e sua mãe a colocou no colo.
Entretanto, Shri Parvati ainda não ficou satisfeita e perguntou como eles cumpririam a exigência referente ao status de SUMUKHA.
O primeiro a se manifestar foi Shri Shiva que, cheio de admiração pela coragem, valor e devoção de seu filho, assim falou: “seu nome será GANESHA, ou Senhor dos Ganas, e quero que ele seja não somente o Líder dos Ganas, conduzindo-os nas batalhas, e por isso GANADHIP, mas o seu Chefe Supremo, isto é, GANADHYAKSHA.
Em seguida, Shri Vishnu aproximou-se, abençoou Shri Ganesha e disse que este seria adorado antes de todos os Deuses e antes de todos os empreendimentos, porque ele seria aquele que destruiria todos os obstáculos, isto é, VIGHNANASHA.
Shri Brahma fez a Shri Ganesha o seu Namaskar e afirmou que o tempo e a morte não existiriam, dado que ele seria eterno, isto é, KAPILA.
Nandi, o touro, que havia sido chefe dos Ganas, saudou Shri Ganesha como GAJANANAH (que tem uma face de elefante), porque este era unificado com o Divino, não tendo desenvolvido ego, nem superego e nem condicionamentos.
Os Ganas cheios de alegria com seu valoroso chefe, e por terem sido salvos da destruição, gritaram: “Jay GAJAKARNAKA (que tem orelhas de elefante), o mais corajoso e bravo de todos os Ganas.
Shri Ganesha é também conhecido como EKADANTA, LAMBODARA, DHUMRAKETU E BHALACHANDRA, porque participou de muitas outras aventuras.
Shri Ganesha é também chamado de EKADANTA (EKA=UM e DANTA=DENTE), porque ele usou, de forma criativa, um de seus dentes como vamos ver.
Certa vez, Shri Brahma pediu-lhe que escrevesse o que lhe seria ditado. Como Shri Ganesha não tinha uma pena para escrever ele arrancou uma de suas presas para fazê-lo. Em outra ocasião, ele fez a mesma coisa para ajudar o sábio Vyasa a escrever o Mahabharata.
De outra feita, ele usou esta mesma presa para combater Parasurama, o sábio brâmane, que era muito conhecido pelo seu mau humor. Parasurama tinha ido visitar os pais de Shri Ganesha, ou seja,Shri Shiva e Shri Parvati, mas estes já haviam se recolhido aos seus aposentos, sendo que, de acordo com a ordem de Shri Shiva, ninguém deveria perturbá-los. Parasurama ficou furioso com isso e resolveu punir Shri Ganesha. No entanto, ele não esperava que seu pequeno oponente fosse tão forte e tão ágil para combatê-lo. No entanto, para sorte de Parasurama, antes de atingi-lo, Shri Ganesha viu que Parasurama tinha como arma o tridente que lhe havia sido dado por Shri Shiva. Shri Ganesha reconheceu a arma de seu pai, poupou seu opositor e recolocou sua presa no lugar. De qualquer modo, mesmo que Parasurama tivesse querido usar o tridente contra Shri Ganesha não poderia tê-lo feito, porque Shri Ganesha já o havia imobilizado.
Shri Ganesha também usou sua presa contra a Lua. Certa vez, ele havia comido muitos doces ou Modakas (bolinhos de arroz) e para ajudar a digestão foi dar um passeio pela floresta. Sua barriga estava tão cheia que estourou e dela caíram alguns Modakas. Shri Ganesha rapidamente apanhou-os e recolocou-os no estômago e a fim de mantê-los lá, amarrou a barriga com uma serpente chamada Vasuki que estava passando perto dele. A Lua lá no céu achou muita graça de tudo isso o que deixou Shri Ganesha furioso. Para punir a Lua pelo seu desrespeito, Shri Ganesha lançou contra ela a sua presa.
Quando a sua presa estava voando pelo céu em direção à Lua, ela ficou imensa e cobriu a Lua inteiramente, deixando a Terra em total escuridão. A Lua então percebeu a besteira que tinha feito. Muito contrita e cheia de remorso pediu perdão a Shri Ganesha. Ao mesmo tempo, os Deuses correram até Shri Ganesha e também pediram para que ele perdoasse a Lua e retirasse a escuridão que caíra sobre a Terra. Os Deuses estavam muito apreensivos, porque se a Terra ficasse na escuridão, era a oportunidade para as negatividades atacarem os homens (daí porque não é auspicioso olhar para a Lua num eclipse lunar). Shri Ganesha perdoou-a, mas deixou grandes cicatrizes na face da Lua, feitas por sua presa. Por isso, no aniversário de Shri Ganesha não se pode olhar para a Lua. Shri Mataji recomenda que, nesse dia, devemos olhar para a Terra que é o elemento de Shri Ganesha.
Muitas pessoas acham que esta história também explica por que Shri Ganesha é chamado de LAMBODARA. O verdadeiro motivo para isso é que a sua Kundalini está em seu estômago. Como não temos a Kundalini no estômago, temos de desenvolver a qualidade do Chakra ao qual pertence este órgão: a SATISFAÇÃO. Já Shri Ganesha não precisa de nada, pois Ele é plenamente satisfeito com seu rosto, com sua barriga grande, com suas orelhas de elefante, com seu humilde veículo - o camundongo, etc. Além disso, não fica sujeito às tentações do tipo: querer ter muito dinheiro, comer comidas gostosas (chocolate, doces, etc.), ter muito poder para mandar nos outros, ter a esposa mais bonita, etc. Em suma, ele não tem tentações. Segundo afirma Shri Mataji, ele não precisa superar as tentações do Muladhara Chakra, porque está acima de quaisquer tentações. Tudo isso porque seu desejo é puro e deseja apenas agradar a sua Mãe, de impedir que qualquer problema A perturbe, de dar a Ela apenas alegrias.
A sua barriga é grande porque representa também o desapego absoluto, a liberdade absoluta. Shri Mataji diz que seu “puro desejo encontra-se belamente atado ao seu estômago”. De acordo com ela, depois de algum tempo, Shri Ganesha teria substituído a serpente por uma faixa cinza, daí ter sido chamado de DHUMRAKETU. Shri Mataji disse: “seu desejo puro está belamente atado em seu estômago”.
Por último, vamos saber por que Shri Ganesha é chamado de Bhalachandra. Poderia ter sido pela briga que teve com a Lua. No entanto, parece que foi outro o motivo.
Sabemos que Shri Ganesha é um sábio e sua maior sabedoria é obedecer à sua Mãe, sem qualquer questionamento. Ele nunca diz não e também não pergunta por que quando sua Mãe lhe manda fazer alguma coisa. Um dia, sua Mãe disse a Shri Ganesha e Shri Karttikeya, seus dois filhos: “darei um presente a quem der uma volta completa na Mãe Terra.” É fácil adivinhar qual era o presente: a Lua. Shri Karttikeya pensou: “vou ganhar com facilidade, pois o meu veículo é um pavão, que voando dará a volta na Terra com muito mais rapidez do que o ratinho, veículo de meu irmão Shri Ganesha. Shri Ganesha montou no seu ratinho, que é usado como veículo porque é muito humilde, mas como ele é também muito sábio pensou: “por que deveria dar voltas em torno da Mãe Terra, se minha Mãe é superior à Mãe Terra?” Assim ele deu três voltas em sua Mãe e ganhou o prêmio. Ele colocou o presente (a Lua) em sua testa e é por essa razão que ele é chamado de BHALACHANDRA.
Fonte : Apostila Muladhara Sahaja Yoga