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7 de novembro de 2011

A História de Shri Mahavira




Shri Mahavira está situado no Agnya Esquerdo.

Mahavira, o grande guerreiro e herói
O príncipe que se tornou um andarilho e propagou o Jainismo
  •  Há cerca de 2.500 anos, vivia em Kundagram, perto de Vaishali em Bihar, um rei chamado Siddharta. Ele era casado com Trishala, irmã de Chetaka, que havia sido eleito comandante de Vaishali. Eles tinham um filho chamado Nandivardhana.
  •  Pouco depois do nascimento de Nandivardhana, Trishala teve uma série de sonhos estranhos. Ela sentiu que não eram sonhos comuns. Quando a rainha Trishala contou seus sonhos ao rei Siddharta, este achou que eles deveriam consultar os astrólogos a fim de descobrirem seu significado.Os astrólogos foram chamados imediatamente pelo rei.
  •  Quando os astrólogos ouviram a rainha contar seus sonhos, eles disseram que os sonhos eram muito auspiciosos e que a rainha estava predestinada a ter um filho que se tornaria um grande homem.
  •  O rei Siddharta e a rainha Trishala ficaram muito contentes com a notícia e decidiram dar uma grande festa, para a qual seriam convidados todas as pessoas do reino, pobres e ricas, velhas e jovens. Todos os convidados receberiam presentes nessa festa, principalmente os pobres. A festa foi realizada e os donativos foram dados aos convidados.
  •  A rainha Trishala esperava ansiosamente pelo momento de ter seu novo filho em seus braços. Finalmente, no trigésimo dia do primeiro mês lunar do calendário hindu, a rainha deu à luz um belo menino, que trazia todas as marcas auspiciosas de um grande homem. O rei e seus súditos ficaram radiantes de alegria e celebraram o nascimento com festejos que duraram 10 dias.O rei e a rainha mal podiam conter sua satisfação e seu orgulho. O rei deu à criança o nome de Vardhamana, porque esse nascimento  haveria de trazer  paz e prosperidade para o reino.
  •  O menino Vardhamana era,  sob  todos os aspectos,  o protótipo do príncipe ideal. Seus pais comentavam sempre a respeito de sua aparência nobre e de suas maneiras refinadas.
  •  Ao atingir a adolescência, o príncipe foi enviado a um Guru para que tivesse uma educação formal. Ele se tornou um estudante brilhante e seu Guru dava-lhe sempre a palavra para que instruísse os demais alunos. A facilidade com que ele apreendia os conhecimentos surpreendia muito o seu Guru. Seu Guru achava que a profecia estava se cumprindo, pois seu aluno era não só muito inteligente mas ultrapassava todas as suas expectativas.
Os anos foram se passando e aquele rapaz excepcionalmente inteligente crescia de forma elegante, forte e corajosa.

  • O príncipe Vardhamana voltava com seus colegas das aulas com o Guru, quando se defrontaram com um serpente muito venenosa que queria atacá-los. Todos os seus amigos começaram a correr menos ele, que se colocou de frente para a serpente e esperou que ela se aproximasse dele. Quando a serpente se aproximou do príncipe, este a olhou, carinhosamente, e começou a acariciá-la. Em seguida, a serpente foi embora em paz. Seus amigos presenciaram de longe toda a cena e ficaram maravilhados com o que viram e começaram a chamar o príncipe de grande guerreiro (Maha=grande, Vira=guerreiro, herói)  e a dizer que ele era o mais corajoso de todos eles.
  •  Um de seus colegas, que era muito invejoso, começou a depreciá-lo, mas todos os outros se puseram contra ele, sendo que o príncipe sozinho rechaçou-o, fazendo com que ele corresse de medo. Após esse incidente, seus colegas o carregaram sobre os seus ombros e o chamaram de herói incontestável de Kundagram.
  •  Certo dia, nas imediações do palácio, um elefante que carregava algumas pessoas tornou-se, subitamente, raivoso e as pessoas começaram a fugir dele com medo de serem massacradas. Estabeleceu-se um clima de terror total nas ruas da cidade por causa do elefante. Mahavira (ou o príncipe Vardhamana) tomou conhecimento da situação e foi, corajosamente, em direção ao elefante a fim de pacificá-lo. Quando Mahavira se defrontou com o elefante, ele o tocou e, por causa de seu mero toque, o elefante se acalmou. Em seguida, as pessoas começaram a sair, cautelosamente, de seus esconderijos e ficaram estarrecidas ao verem Mahavira acariciando o elefante prostrado a seus pés.
  •  A narrativa desses episódios extraordinários era feita por todas as pessoas do reino, as quais não se cansavam de admirar a coragem e a bravura do jovem príncipe. Os mais velhos lembravam-se sempre da profecia de que esse príncipe seria um grande guerreiro e herói.
  •  A despeito de todo o amor e louvor demonstrados pelas pessoas de seu reino, Mahavira se sentia infeliz ao constatar que o mundo era  dividido por causa das diferenças de casta, cor e status social. Ele achava que tudo isso acabava fazendo com que os seres humanos se sentissem muito infelizes e que deveria haver uma solução para isso. Mahavira quis, então, encontrar a solução para o sofrimento humano. Arquitetou pedir autorização a seus pais para se tornar um asceta, com o objetivo de separar a Realidade da aparência e  conhecer a verdadeira natureza das coisas.
  •  Em seguida, Mahavira procurou seus pais e lhes comunicou a sua decisão de renunciar à vida principesca. Ele sairia do reino a fim de encontrar um meio que pudesse minorar a miséria da humanidade. Seus pais ficaram muito consternados, principalmente sua mãe que fez com que ele prometesse que só iria embora após a sua morte. Mahavira então prometeu à sua mãe que ele só deixaria o reino após o falecimento dela. Após essa promessa, sua mãe ainda se preocupava com o que aconteceria com Mahavira após a  morte dela, sendo que o rei Siddharta consolava sua mulher dizendo-lhe que o filho deles estava predestinado a se tornar grande e que o futuro de Mahavira não lhes pertencia.
  •  Após a morte de seus pais, seu irmão Nandivardhana assumiu o trono. Já com 28 anos, casado e pai de uma filha, Mahavira sentiu-se livre para se tornar um asceta e procurou  seu irmão para pedir-lhe a devida permissão para ir embora do reino. Seu irmão fez com que Mahavira prometesse que esperaria mais dois anos.
  •  Aos 30 anos, Mahavira fez uma festa para distribuir sua riqueza. Após o término da festa, Mahavira se dirigiu a um parque nas proximidades do palácio e começou a remover todos os enfeites e ornamentos que usava. Arrancou seus cabelos com as mãos. Despojou-se de todas as suas vestimentas e, completamente nu, se embrenhou na floresta começando assim sua vida de asceta.
  •  Após caminhar pela floresta durante muito tempo e num local bem distante de seu reino, Mahavira encontrou um Ashram, no qual havia um Rishi (sábio) que o tomou por um mendigo. Mahavira disse-lhe que ele havia renunciado a tudo, a fim de alcançar a iluminação e livrar a humanidade da carga do sofrimento. Mahavira pediu-lhe para ali permanecer por algum tempo, sendo que o Rishi o encarregou de tomar conta da horta e impedir que as vacas comessem as verduras que eram ali cultivadas.
  •  Um dia Mahavira estava absorvido em uma profunda meditação e uma vaca entrou na horta e comeu as verduras. Quando o Rishi descobriu que a vaca havia comido as verduras da horta, ele ficou furioso com Mahavira e disse-lhe que ele havia faltado com as suas responsabilidades. Desgostoso com isso, Mahavira decide abandonar o Ashram.
  •  Após abandonar o Ashram, Mahavira começou a andar pela Índia, como um asceta mendicante, sendo que em seu trajeto foi constantemente insultado, apedrejado e maltratado pelas pessoas com as quais se encontrava pelo caminho, eis que essas pessoas pensavam que ele fosse um ladrão, ou um mendigo perigoso. No entanto, Mahavira se tornava cada vez mais insensível aos flagelos que sofria, bem como ao prazer.
  •  Mahavira começou a aprofundar e intensificar as práticas austeras, mantendo um silêncio total durante muito tempo, bem como fazia jejuns prolongados. Depois de algum tempo, desenvolveu uma indiferença total em relação aos alimentos que ingeria, ao lugar em que dormia e permanecia impassível mesmo que os insetos o picassem, continuamente, durante sua meditação.
  •  Certa vez, Mahavira estava se dirigindo para Uttar Vachala, quando o advertiram de que havia no caminho muitas serpentes venenosas. Ele,  porém,  continuou seu caminho e não demorou muito tempo para se defrontar com uma enorme serpente, a qual veio em sua direção sibilando e disposta a picá-lo. Ele permaneceu imóvel, esperou que a serpente se aproximasse dele. Em seguida, ele encarou, calmamente, a serpente, com uma profunda compaixão. A serpente percebeu aquele olhar profundamente compassivo e retirou-se, imediatamente, como se estivesse envergonhada por ter perturbado aquele santo homem.
  •  Mahavira começou a pregar em vários lugares. Quando estava na montanha de Vipuchala em Rajagriha, a capital de Magadha, o rei Bimbisara veio ouvi-lo. Após o sermão, o rei fez várias perguntas a Mahavira. O rei queria saber de Mahavira como conciliar a sua vida mundana com a busca da iluminação. Mahavira respondeu-lhe que ele deveria cultivar os três diamantes, ou seja, 
  1. a crença correta ou verdadeira;  
  2. o conhecimento correto ou verdadeiro e 
  3. a conduta correta ou verdadeira.
  •  O rei quis saber ainda quais eram os votos que deveria fazer para cultivar esses três diamantes. Mahavira então disse-lhe que não deveria ferir ninguém, não deveria mentir, que deveria permanecer casto e que não deveria possuir nenhuma propriedade. Mahavira disse-lhe,  ainda, que deveria dedicar 48 minutos por dia a uma profunda meditação e à auto-análise.
  •  Os adeptos de Mahavira, por inspiração de seu mestre, não faziam distinção nenhuma entre as pessoas e não tinham nenhum preconceito, mesmo em relação às pessoas consideradas fora das castas, ou seja, os párias. Se um pária estivesse faminto, eles o levavam para a sua casa e o alimentavam.
  •  Mahavira fez sermões por todo o norte da Índia, mas a sua mensagem se espalhou, rapidamente, por todo o país. Ele tinha uma profunda convicção de que todas as pessoas poderiam atingir a realização espiritual, sem a intervenção de nenhuma autoridade suprema ou de sacerdotes mediadores. Para se obter a iluminação, ele dizia que a pessoa deveria controlar as suas paixões e conquistar o seu Karma. Durante 30 anos, pregou sua mensagem salvadora, na qualidade de um Jina (vencedor e conquistador do seu Karma). O jainismo (como hoje é conhecida a sua crença) passou a ser muito difundido nos poderosos estados do norte da Índia.
  •  Em Pavapuri, Bihar, ele alcançou o Nirvana, aos 72 anos, livrando-se assim de todas as misérias e todas as dores. 

Observação relevante: dado que Mahavira foi considerado como o vigésimo quarto Tirthankara é de bom alvitre fornecer o conceito de Tirthankara: "é um ser divino que fica sentado, imóvel, indiferente a tudo que ocorre ao seu redor, encontra-se no repouso da alma liberada de todas as ligações com a matéria. Ele não sorri jamais, jamais se enraivece. O mundo não o afeta. Não sente medo, nem desejo sexual. Não odeia e nem ama ninguém em especial. Sua presença impede que as pessoas provoquem a dor. Não dorme. Seus olhos permanecem constantemente abertos, sem nenhuma expressão. Seus cabelos e suas unhas deixam de crescer. Não precisa alimentar-se. Seu corpo não projeta sombra. Aparenta estar sempre acima do solo e qualquer que seja a direção para a qual olhe, ele parece estar de frente."         Michel Mourre


Mahavira e o Jainismo

O chamamento do ascetismo e da renúncia atingiu muitos homens que pertenciam, na Índia antiga, à aristocracia dos Kshatriyas (casta dos guerreiros), os quais abandonavam subitamente a famílias, as riquezas, honras e poder, para viver a "vida da floresta" e encontrar a liberação fora da vida comum dos rituais. Por terem triunfado sobre as paixões humanas,  graças à ascese, por terem escapado da fatalidade do Karma, que arrasta as almas na maré de reencarnações sucessivas, esses homens são celebrados como vencedores ou Jinas.  O jainismo pretende seguir o exemplo e a doutrina de um desses Jinas, que é Mahavira.  A palavra jainismo vem de Jina, que significa vencedor ou conquistador. A palavra Jaina ou jainista significa o seguidor ou filho do vencedor ou conquistador.

Mahavira foi  um asceta que viveu na mesma época que Buda, e morreu no ano de 528 ou 540 antes de Cristo.

Mahavira era o príncipe Vardhamana (= aquele que se torna grande), filho de um rei  chamado Sidharta, que pertencia ao clã dos Kshatriyas  dos Jnatrikas. Sua família pertencia à seita dos Nirgranthas (seita do hinduísmo precursora do jainismo), cujo fundador foi Parshva, que viveu no princípio do século VIII antes de Cristo. Essa seita tinha uma ética muito rígida e observava quatro votos: não matar, não mentir, não roubar e praticar a castidade. Os adeptos dessa seita, a fim de demonstrar o controle que tinham sobre si mesmos, chegavam até a morrer de inanição.

O príncipe Vardhamana (futuro Mahavira) era casado,  pai de uma menina, tinha trinta anos, quando abandonou subitamente sua família e seus negócios, para converter-se em asceta mendicante. Durante 12 anos andou perambulando por Bengala, completamente nu, passando várias horas sentado e imóvel, meditando sobre a dor da existência e buscando o caminho da liberação. Recebeu finalmente a Iluminação e chegou ao conhecimento salvador, isto é o "conhecimento de todos os estados de existência do universo, dos Deuses, dos homens, dos demônios e  de todos os seres vivos."

A mensagem de Mahavira (que significa grande herói)  seguia basicamente a doutrina  da antiga seita dos Nirgranthas, porém com a adição de um quinto voto: o de abster-se de acumular riqueza pessoal ou voto de pobreza. A principal preocupação de Mahavira foi com a Liberação (Moksha), rechaçando o politeísmo e os sacrifícios sangrentos dos brâmanes daquela época.
Depois de sua morte, fundou-se uma religião em sua homenagem, o jainismo,  bem como de antigos e míticos patriarcas, com numerosas lendas.

Mahavira,o grande herói, possuía os sinais que caracterizam um santo, um Tirthankara,  e seus discípulos não se cansavam de enumerar as suas 34 perfeições lendárias, como por exemplo: i) seu olhar é mais resplandecente do que a luz da Lua cheia; ii) seu hálito perfuma como uma flor de lótus; iii) as palmas de suas mãos e as plantas de seus pés ostentam todos os símbolos favoráveis: o Sol, a Lua, a suástica, a roda, etc.; iv) seus pés são belos como uma tartaruga.

Reverenciado por seus contemporâneos como Vencedor ou Jina,  Mahavira passou o final de sua vida divulgando os seus ensinamentos.  Mahavira proferiu seu último discurso em Pavapuri, distrito de Patna, que se tornou grande centro de peregrinação do jainismo.  Entrou no estado de Nirvana aos 72 anos.
Mahavira é apresentado nas escrituras jainistas como um salvador predestinado, que se encarnou no momento adequado para salvar a humanidade da dor. Seu surgimento havia sido precedido por 23 Tirthankaras (=santos perfeitos, preparadores do caminho). Os Tirthankaras são personagens mitológicos, sendo que o primeiro deles, Risabha, teria vivido oito milhões e quatrocentos mil anos. O vigésimo terceiro Tirthankara, chamado Parsvanatha, morreu uns 150 anos antes do advento de Mahavira.

Segundo a filosofia jainista, que é dualista, o universo pode ser explicado por dois princípios fundamentais eternos e independentes um do outro: o princípio vivo que é Jiva e o princípio inanimado que é Ajiva.  A meta suprema do jainismo consiste em liberar os seres humanos de seu Karma.  A grande ênfase do jainismo é Ahimsa,  a não-violência, a qual consiste basicamente em "não fazer mal a nenhum ser vivo".  O adepto de Mahavira acredita que poderá atingir a liberação através do caminho dos Três Diamantes: 1. A crença correta ou verdadeira que animará o adepto ao recordar-lhe que o Jina vence a ilusão (Maya); 2. O  conhecimento correto ou verdadeiro que consiste em compreender como a Lei do Karma afeta a existência e o que fazer para se livrar dela; 3. A conduta verdadeira ou correta.

No texto Jainista Ayaramgasutta, do século IV da nossa era, está escrito:
"Todos os santos e veneráveis do passado, do presente e do futuro, todos dizem, declaram, anunciam e proclamam que: não devemos matar, nem maltratar, nem injuriar, nem atormentar, nem perseguir nenhum ser vivo, nenhuma espécie animal e nenhum ser humano seja de que classe for. Eis aí o mais sábio, puro e eterno preceito da religião, proclamado por todos os sábios que compreendem o mundo."

Para os Jainistas, a vida de uma formiga é tão importante quanto a vida do ser humano mais nobre. Os Jainistas não comem carne de nenhum animal e se alimentam exclusivamente de nozes, frutas, legumes. Usam pequenos véus diante da boca para afastar dela os insetos e filtram a água que bebem para que não ingiram algum inseto por descuido. Chegam ao extremo de usar um espanador para tirar o pó dos assentos e dos livros antes de tocá-los.

O aspecto  mais interessante a respeito do jainismo é que ele praticamente não se modificou ao longo do tempo. No entanto, a partir de uma controvérsia quanto à forma de se vestir, houve, no início desse  século, um cisma que deu origem (1) aos Digambaras, monges que se vestem de ar (isto é, nus) que defendem a idéia de que não podem ter a mínima propriedade, nem mesmo um farrapo para tapar a sua nudez; (2) e os Svetambaras que se vestem de branco e que se permitem possuir apenas uma túnica branca simples. 

A ética jainista tem por objetivo a realização da liberação da alma (Moksha), através da obtenção e preservação de uma pureza absoluta.  A comunidade se compõe de monges e de leigos. Os monges seguem, rigorosamente, os cinco votos jainistas, usam roupas brancas e um véu sobre a boca a fim de não matar, por descuido, nenhum ser vivo e uma vassoura  com a qual varrem o caminho.  Os monges levam uma vida muito rígida e severa.

Os jainistas leigos dedicam-se, quase todos, ao comércio das pedras preciosas e do ouro, sua riqueza é enorme e têm grande importância na sociedade e no mundo cultural da Índia, apesar de seu pequeno contingente humano, cerca de 1% da população indiana. Muitos de seus templos mostram sua riqueza, o que demonstra a importância dessa seita. Os templos do monte Abu são uma das maravilhas da Índia. Essa seita jainista é praticada por uma comunidade muito fechada e de profunda religiosidade.

Sem dúvida, Mahavira se contentou em organizar uma comunidade monástica com um espírito de independência. Seus seguidores afirmam que eles são os verdadeiros depositários da tradição indiana mais pura, que foi deturpada, segundo eles, pelos brâmanes.

O jainismo é ainda uma seita muito importante na Índia, sobretudo em Bombaim (hoje, Mumbai), no Gujarat, e no noroeste do país (Punjab e Rajputan). O grande orgulho de sua comunidade é a ter, nos tempos modernos,  inspirado o Mahatma Gandhi em seu ideal da não-violência.

Fonte:apostilas Sahaja Yoga